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O ser humano não vive sem tradições, sem expressar sua cultura. As tradições sempre existiram em todos os povos. Elas fazem bem, pois nos identificam, nos distinguem e, ao mesmo tempo, nos marcam e nos unem. As tradições também nos enriquecem, porque através delas expressamos aquilo que vai dentro de nós, ou seja, revelam a alma e os sentimentos das pessoas, das famílias, dos grupos sociais e até de um povo.
Estamos na Semana Farroupilha, durante a qual vivemos com intensidade nossas mais genuínas tradições gaúchas, como as rodas de chimarrão, o uso da bombacha e da bota, os lenços atados ao pescoço, os vestidos de prendas, a comida, em especial o carreteiro e o churrasco, as danças, as músicas, os cantos gauchescos.
Realmente, nesta semana, o Rio Grande veste-se de gala, vira primavera da cultura gaúcha, colorida, diversificada, rica de simbolismos. Como faz bem ver, desde os pequeninos até os anciãos, trajando os mantos do Rio Grande com orgulho, praticamente em quase todas a instituições públicas e privadas, ou ainda, desfilando com altivez pelas ruas e avenidas.
É um orgulho para nós, gaúchos, vermos os símbolos do nosso Estado presentes por toda a parte, enfeitando as casas e os edifícios, convidando-nos ao respeito, ao amor a nossa terra, ao cultivo da fraternidade, oportunizando conservar e desenvolver os sentimentos de união do nosso povo. Sim, eles nos convidam a renovar os sentimentos e os sonhos de honradez, sem nunca perder a simplicidade e a sagrada tradição e cultura da hospitalidade e do acolhimento, características e marcas registradas de nossa querida gente gaúcha. Sim, nos faz bem cantar com entusiasmo e emoção nosso hino rio-grandense, especialmente quando cantamos: "Mas não basta pra ser livre, ser forte, aguerrido e bravo. Povo que não tem virtude acaba por ser escravo".
Que a nossa grande e maior façanha seja encantar toda a Terra através dos nossos gestos e atitudes de respeito, de honestidade e fraternidade. Que nossas maravilhosas tradições nos ajudem e nos unam na busca do sonho de um Rio Grande, não sem diferenças, não sem Deus, mas, sim, sem discriminações, sem ódios, sem divisões, sem miséria, sem fome.
Desejo que em todas as comemorações desta semana não falte a sensibilidade para com os pequeninos, o respeito e admiração pelos idosos, a solidariedade para com os menos favorecidos e sofredores, para que guardemos o maior de todos os sentimentos que é o amor.
Oh! Patrão celeste, a invernada do Rio Grande saúda-te e invoca tua proteção.